23 de maio de 2012 | 08:27

Quinhentas pessoas subscrevem carta pedindo providências sobre jornalismo policialesco da BA

bahia

Cerca de 500 pessoas já subscreveram até agora a Carta Aberta divulgada, ontem, por um grupo de jornalistas pedindo providências do Governo do Estado, Ministério Público e Defensoria Pública em relação a abusos cometidos por emissoras de TV da Bahia contra presos na Região Metropolitana de Salvador. “Sob a custódia do Estado, acusados de crimes são jogados à sanha de jornalistas ou pseudojornalistas de microfone à mão, em escandalosa parceria com agentes policiais, que permitem interrogatórios ilegais e autoritários, como o de que foi vítima o acusado de estupro Paulo Sérgio, escarnecido por não saber o que é um exame de próstata, o que deveria envergonhar mais profundamente o Estado e a própria mídia, as peças essenciais para a educação do povo brasileiro.  (…) É importante ressaltar que a responsabilidade dos abusos não é apenas dos repórteres, mas também dos produtores do programa, da direção da emissora e de seus anunciantes – e nesta última categoria se encontra o governo do Estado que, desta maneira, se torna patrocinador das arbitrariedades praticadas nestes programas. O governo do Estado precisa se manifestar para pôr fim às arbitrariedades; e punir seus agentes que não respeitam a integridade dos presos”, cobram os jornalistas. A íntegra da carta e a lista de pessoas que a subscreveram pode ser vista aqui. A carta, com os respectivos nomes que a apoiam, deve ser enviada aos órgãos endereçados ainda essa semana. (Thiago Ferreira)

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