Polícia e estudantes de medicina se enfrentam em La Paz, na Bolívia 11 de maio de 2012 | 08:34

Manifestações violentas contra e a favor do governo param a Bolívia

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As ruas de La Paz e Cochabamba são cenários esta semana de intensas manifestações contra e a favor do governo do presidente Evo Morales, numa das piores semanas de conflitos registrados na Bolívia. Profissionais da saúde, universitários e mineiros ocupam o centro da capital do país para defender melhores condições de trabalho, enquanto outros milhares de cocaleiros chegam à cidade de Cochabamba para apoiar Morales e exigir que os médicos voltem aos seus postos. Ao mesmo tempo, uma marcha indígena que partiu da região amazônica ruma para a capital em protesto contra uma estrada que atravessaria uma reserva. E nos departamentos de Potosí e Beni, ruas são bloqueadas por manifestantes. Os médicos entraram em greve há mais de um mês por conta de um decreto que impõe uma jornada de oito horas de trabalho, em vez das seis anteriores. A Central Trabalhadora Boliviana (COB), então, convocou 30 organizações de trabalhadores de todo o país para uma greve de três dias, iniciada na quarta-feira e que se estende até esta sexta-feira. A paralisação pressiona o governo por um salário melhor; apoia as reivindicações dos médicos e demais profissionais da saúde, que querem aderir à Lei Geral do Trabalho; e defende a marcha indígena em defesa do seu território em um parque nacional. Leia mais em O Globo.

Juan Karita/AP
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