Foto: Emerson Nunes / Política Livre
Servidores fantasmas confessaram recebimento e transferência de salário para Roberto Carlos (PDT) 03 de abril de 2012 | 17:00

Detalhes: PF diz ter sido acionada para investigar deputado Roberto Carlos por COAF

bahia

Seis dos oito servidores fantasmas lotados no gabinete do deputado Roberto Carlos (PDT) confessaram ter recebido salário da Assembleia Legislativa e depois transferido parte ou a totalidade para a conta de familiares do deputado. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na sede da Polícia Federal, para explicar a operação Detalhes, o superintendente regional da PF em exercício, Daniel Veras, afirmou que todos estão sendo interrogados pelos agentes de Juazeiro.

De acordo com o superintendente, a Polícia Federal foi acionada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, que examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro. Doze mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. Dez foram cumpridos em Juazeiro e dois em Salvador. Sessenta agentes participaram da operação simultaneamente em Salvador e Juazeiro.

“O relatório do COAF identificou uma movimentação financeira fora dos padrões das pessoas ligadas ao deputado. Elas recebiam o salário e transferiam para as contas do parlamentar, da esposa e filhos dele, além de outros parentes. Seis confessaram que recebiam dinheiro do Legislativo, inclusive uma delas trabalhava no SAC de Juazeiro, mas estava lotada na Assembleia Legislativa”, afirmou Veras.

Emerson Nunes
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