2014: Excesso de petistas candidatos a governador dificulta apoio de João Henrique a Pelegrino

A movimentação do PT para o cenário de 2014 mexeu com o equilíbrio das forças que apóiam o governo Wagner e já pode refletir nas eleições municipais deste ano. Mesmo dizendo que só trata da sua sucessão em 2013, hoje Wagner tem nada menos que cinco candidatos do PT para disputar a cadeira de governador em 2014 – Moema, Pinheiro, Gabrielli, Rui Costa e Luiz Caetano. O primeiro a se manifestar foi o vice-governador Otto Alencar, que segundo aliados, pensa dia e noite em suceder Wagner. Através de deputados do seu partido, Otto pediu mais espaço para o recém-criado PSD logo que viu a desembarque de Rui Costa e agora Garbrielli, que voltam a Bahia de olho em 2014. O cenário “ao PT tudo, aos aliados paciência” incomoda o PP também, mais precisamente o Palácio Tomé de Souza. João Henrique deixa a Prefeitura em dezembro e apostando em seu poder de recuperação sonha com uma disputa majoritária em 2014, muito mais com o cargo de governador do que o de senador, hoje ocupado pelo seu pai, João Durval (PDT) que encerra o mandato em 2014 e não deve tentar a reeleição. “Não há espaço para João Henrique na chapa majoritária de 2014 no processo conduzido por Wagner. Tem muito petista na disputa. Desse jeito fica muito difícil João Henrique apoiar Pelegrino”, diz um interlocutor do prefeito, deixando claro que a candidatura de João Leão é para valer. “João Henrique tomou gosto pelo executivo e dificilmente vai disputar uma vaga para o Senado, muito menos aceitaria ser vice”, finalizou o interlocutor próximo ao prefeito em contato a este Política Livre. É o cenário de 2014 com fortes reflexos na sucessão deste ano em Salvador e nos principais municípios do Estado.