14 de novembro de 2011 | 11:25

“A UPP, para dar certo, precisa fazer a inclusão social”, diz traficante Nem

Nem foi capturado pela polícia

“Meu ídolo é o Lula. Adoro o Lula. Ele foi quem combateu o crime com mais sucesso. Por causa do PAC da Rocinha. Cinquenta dos meus homens saíram do tráfico para trabalhar nas obras. Sabe quantos voltaram para o crime? Nenhum. Porque viram que tinham trabalho e futuro na construção civil.”.  A declaração do traficante Nem da Rocinha, um dos homens mais procurados do Rio de Janeiro até semana passada (quando foi capturado), revela um pouco da personalidade do criminoso. Em entrevista à repórter Ruth Aquino, da Revista Época no último dia 4, o traficante elogiou o secretário de segurança pública José Mariano Beltrame e disse que aprova o projeto de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora. “inteligentes que já vi. Se tivesse mais caras assim, tudo seria melhor. Ele fala o que tem de ser dito. UPP não adianta se for só ocupação policial. Tem de botar ginásios de esporte, escolas, dar oportunidade (…)”, disse.  Sobre o fato da facção Amigos dos Amigos, à qual pertence, proibir a venda de crack nos morros que domina, Nem explicou: “Não negocio crack e proíbo trazer crack para a Rocinha. Porque isso destrói as pessoas, as famílias e a comunidade inteira. Conheço gente que usa cocaína há 30 anos e que funciona. Mas com o crack as pessoas assaltam e roubam tudo na frente”. (Jornal do Brasil)

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