18 maio 2024
“Interpreto (as declarações) como uma opção partidária. Fico imaginando que tipo de pressão sentimental não deve ter sofrido o presidente Lula e a ministra Dilma (para fazerem a opção por Wagner). Como eu sou um sentimental, eu compreendo estas razões”, disse, arrancando risadas dos repórteres. O senador César Borges, cujo partido também integra, junto com o PMDB, a aliança liderada pelo PT nacionalmente, foi mais incisivo ao avaliar o comportamento da candidata petista e até do presidente, insinuando que agora sente-se livre para fazer sua campanha sem compromisso com o projeto nacional do partido de Lula e da candidata.
“Não posso negar minha surpresa com relação à partidarizão que houve pela candidata Dilma e pelo presidente Lula aqui, uma vez que eu fazia parte, faço parte, da base do presidente Lula e inclusive liderando as pesquisas. Por que se usou aqui o argumento de que (…) é porque o candidato Geddel não estaria lidarando as pesquisas e por isso o apoio (a Wagner). E no meu caso? Eu estava liderando as pesquisas. Francamente, aí eu não sei qual é a explicação”, disse Borges, numa referência ao apoio explícito de Dilma aos candidatos ao Senado Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), da mesma chapa encabeçada pelo governador Jaques Wagner. As declarações de Borges também levaram os repórteres a rir.
Ele ainda acrescentou com ênfase, ironizando o slogan petista que faz alusão ao time de Lula na Bahia: ”Agora, o que espero do povo baiano é o reconhecimento ao meu trabalho. O meu trabalho é o que respalda a minha candidatura. Não vou ficar me amparando porque eu sou do time de A de B. Eu sou do time da Bahia.”