08 de julho de 2010 | 20:14

EXCLUSIVO: Pichação sem nome de Lídice causa estresse em coordenação de campanha de Wagner

A pichação do PT que excluiu o nome da deputada federal Lídice da Mata (PSB) como candidata ao Senado na chapa do governador Jaques Wagner (PT) abriu praticamente uma crise na coordenação da campanha do petista hoje, informou há pouco uma fonte do PT ao Política Livre.

Numa reunião da coordenação da campanha, representantes de Lídice teriam questionado petistas sobre o fato de Salvador ter amanhecido desde ontem, um dia depois do início oficial da campanha, com várias pichações de propaganda da chapa de Wagner sem o nome da deputada federal.

Ouviram como resposta que o PT fizera a propaganda apenas com o nome de Lula, Dilma e Wagner. Segundo os petistas, a pichação do nome de Pinheiro teria sido executada pelos coordenadores de sua campanha. O relato enfureceu os representantes da deputada socialista.

Do acordo que Lídice fechou para fazer dupla na disputa ao Senado com Pinheiro fez parte o compromisso de que – aproveitando o fato de duas vagas estarem em disputa – a campanha dos dois seria casada, motivo porque a informação de que o petista tinha seu próprio núcleo de propaganda surpreendeu e irritou o PSB.

A foto de uma pichação do PT que exclui o nome da candidata socialista foi publicada com exclusividade hoje por este Política Livre (ver aqui). De imediato, petistas confirmaram que o fato já era do conhecimento da candidata e gerara grande estresse numa reunão do núcleo da campanha de Wagner hoje.

De acordo com um petista, um dos representantes de Lídice teria chegado a dizer, na reunião, que a deputada federal iria tratar diretamente do assunto com o governador, quando ele chegasse da África. Ele ainda acrescentou que, no PSB, a sensação era de que o partido tinha sofrido uma traição.

O medo de que o PT foque na eleição de Pinheiro, relegando Lídice a último plano e comprometendo sua campanha, faz parte do cotidiano da candidata desde que ele foi escolhido para seu companheiro de chapa, em lugar do senador César Borges (PR), que aliançou-se com Geddel Vieira Lima, candidato do PMDB.

O governador Wagner, entretanto, assegurou à deputada que ela teria total apoio dele para a candidatura. Um dos compromissos fora a formação de uma coordenação única de campanha, de forma a que as decisões e ações de toda a chapa majoritária passassem a ser conjuntas. (Raul Monteiro)

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