10 de junho de 2010 | 15:38

EXCLUSIVO: Kertzman assegura que PPS fica com Geddel, mas cobra explicação sobre demissão a prefeito

Miguel Kertzman diz que prefeito em obrigação de explicar sua saída da Transalvador (crédito: BN)

O ex-superintendente da Transalvador Miguel Kertzman disse há pouco em entrevista exclusiva ao Política Livre que sua saída da administração municipal não implicará em nenhum afastamento de seu partido do PMDB nem da candidatura a governador do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

“O PPS continuará apoiando Geddel, assim como eu”, disse Kertzman, afirmando que, apesar de ser um dos líderes do partido, sua nomeação não foi fruto de indicação política, mas em decorrência de sua qualificação técnica. Apesar do tom amistoso com que se referiu ao PMDB, ele cobrou do prefeito João Henrique uma explicação sobre sua saída da administração.

“O prefeito João Henrique tem a obrigação de explicar porque fui demitido”, afirmou Kertzman, acrescentando ter sido apenas chamado ontem no gabinete do chefe da Casa Civil, João Cavalcanti, de quem ouviu que o prefeito não alteraria um artigo do decreto de carga e descarga na cidade.

O decreto, que entra em vigor na próxima segunda-feira, estabelece que mercadorias só podem ser transportadas na cidade entre as 21h e 6h, medida sobre a qual Kertzman acredita que deve haver flexibilização, como exigem principalmente comerciantes. “Os empresários vão ter que pagar hora extra. Há complicações para a lei do silêncio”, declarou.

Kertzman disse também que deixa o governo com a consciência tranquila e a certeza de que cumpriu seu papel. “Estava há 44 dias no cargo, mas a população já começava a sentir as mudanças de uma nova postura da Transalvador”, afirmou o ex-superintendente do órgão.

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