19 de abril de 2010 | 10:03

EXCLUSIVO: Pelegrino também se lançará ao Senado, caso Wagner escolha Pinheiro para chapa

Pelegrino já admite também pré-candidatura ao Senado, no caso de Pinheiro ser o escolhido por Wagner

Se insistir na idéia de colocar o deputado federal Walter Pinheiro em sua chapa – como candidato ao Senado ou a vice -, o governador Jaques Wagner enfrentará um forte movimento de resistência no PT. O deputado federal Nelson Pelegrino já admite, por exemplo, pleitear a vaga, o que deve também fortalecer no partido o grupo que defende há algum tempo a candidatura do ex-governador Waldir Pires a senador.

A mobilização levaria, naturalmente, à realização de uma prévia no PT para a escolha do candidato ao posto determinado por Wagner, o que tenderia a atrasar a definição do nome, criando mais um obstáculo à montagem da chapa pelo governador. A entrada em cena de Pelegrino leva em conta a estratégia do deputado federal de se viabilizar como candidato no PT à Prefeitura de Salvador em 2012.

Como Pinheiro também é prefeiturável, sua participação na chapa de Wagner e eventual eleição – principalmente ao Senado – acabaria colocando Pelegrino em desvantagem na disputa partidária pela indicação para candidato a prefeito no PT na próxima sucessão municipal, motivo porque Wagner sempre foi aconselhado a manter os dois distantes da disputa majoritária de agora.

No grupo petista que defende a indicação de Waldir Pires para companheiro de chapa de Wagner, o argumento para que ele se lance às prévias se Pinheiro for o escolhido é ligeiramente diferente do de Pelegrino. Para os waldiristas, como tratam-se de dois quadros petistas, o melhor é que a escolha seja feita pela militância e não pelo governador. “Por que Wagner escolheria um petista e não outro?”, questionam.

O movimento desencadeado no PT a partir das especulações de que Wagner estudaria a hipótese de colocar Pinheiro em sua chapa, antecipado hoje pela manhã com exclusividade por este Política Livre (ver abaixo ou aqui), é apenas um indicativo da grande dor de cabeça que o governador terá, caso opte por uma solução doméstica para resolver a lacuna criada com a adesão do senador César Borges (PR) à candidatura adversária de Geddel Vieira Lima (PMDB).

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