12 de dezembro de 2009 | 08:02

EXCLUSIVO: Eventual acordo de Borges com Wagner jogaria Lídice para vice

Lídice ainda corre o risco de ser desbancada por Marcelo Nilo na vice (crédito: A Tarde)

Lídice ainda corre o risco de ser desbancada por Marcelo Nilo na vice (crédito: A Tarde)

A despeito da ciumeira gerada no campo governista com a tentativa de aproximação entre o governador e o senador César Borges (PR), demonstrada durante evento na última quinta-feira na Governadoria no qual o republicano foi convidado especial, um político petista muito próximo de Jaques Wagner garante ao Política Livre que não tem nada fechado com relação à chapa da reeleição do chefe do Executivo em 2010.

“Hoje, 100 por cento certo como companheiro de chapa de Wagner só tem o atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Otto Alencar”, afirma a fonte, confirmando que o impacto do convite formulado pelo governador a César Borges para o evento na Governadoria foi “simplesmente estrondoso”. Informado previamente sobre a movimentação governista envolvendo o senador, o PSB foi o primeiro a armar uma ofensiva.

Na quarta-feira à noite, em nota oficial, o partido antecipou-se e divulgou a decisão de lançar a candidatura do atual secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli, a deputado federal numa clara sinalização de que a atual congressista do PSB, Lídice da Mata, estaria determinada a concorrer ao Senado, vaga que interessaria a Borges numa eventual composição com o governador Jaques Wagner.

“O PSB exerce um jogo legítimo de pressão diante de uma possibilidade (de candidatura de César Borges) que é concreta”, diz a mesma fonte, avaliando que, na hipótese de Borges fechar com o governo, ele será o segundo candidato ao Senado na chapa de Wagner, o que deixaria como alternativa para Lídice da Mata apenas a candidatura a vice-governadora. “Agora, se Borges não vier, a situação mudaria”, completa.

Ele antecipa, entretanto, que ainda assim a posição de Lídice na chapa não estaria assegurada por causa de um elemento que não pode ser desprezado: a forte amizade desenvolvida pelo presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), com o governador e a pressão exercida pela bancada governista na Casa pela indicação do pedetista para a vaga de vice.  “Todo mundo sabe que Marcelo é o candidato do coração de Wagner”, completa o petista.

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