25 de janeiro de 2009 | 08:26

TJ anuncia medidas para recuperar imagem, mas “tá” difícil

Após passar o ano de 2008 envolvido em denúncias de corrupção, falta de critérios na promoção de juízes, compras de bens supérfluos – a exemplo de tapetes persas, fato denunciado em primeira mão pelo Política Livre – e lentidão na conclusão dos processos, o Tribunal de Justiça da Bahia anuncia medidas de melhoria dos serviços à população em 2009, ano em que a instituição completa 400 anos. Vinte fóruns serão construídos, 600 novos servidores e 27 juízes devem ser nomeados. Em maio, o corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp, fará nova inspeção para checar se as medidas foram implantadas. Primeiro tribunal das Américas, o Judiciário da Bahia terá um árduo caminho pela frente em 2009, ao encarar uma crise de credibilidade acentuada pelas denúncias de vendas de sentenças e “politicagem” na promoção de magistrados, além de licitações suspensas de bens não-essenciais. Soma-se ao panorama o descrédito já crônico da população, provocado pela má qualidade do serviço. Difícil não acreditar que o quadro desesperador acima, muito bem traçado pelo jornal A Tarde, não tenha sido um convite para que desembargadores tenham recentemente decidido, à unanimidade, escolher um juiz como bode expiatório, afastando-o de uma comarca, praticamente sem direito à defesa, sob a acusação de assédio sexual e moral. A suspeita, trazida a este site por vários magistrados, contamina a sociedade.

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