09 de novembro de 2007 | 17:01

Geddel chama idéia de apoio de Wagner a Imbassahy de “exotérica” e admite conversas com Paulo Souto para 2010

O ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) classificou ontem de “absolutamente exotérica e fora de propósito” a idéia de que o governador Jaques Wagner (PT) possa apoiar a candidatura de Antônio Imbassahy (PSDB) a prefeito de Salvador.

“E há várias razões para isto. A primeira delas é que, embora potencialmente ele seja um aliado na Bahia, nacionalmente ele, o partido, é o adversário principal do PT em 2010. Wagner fazer isto seria de um amadorismo político que não é próprio”, disse.

Provocado pelo radialista Mário Kertész, o ministro disse que não via nas declarações de Wagner reconhecendo que Imbassahy é o mais forte entre os candidatos a prefeito dos partidos que integram a sua base “uma cutucada” nele nem no PMDB.

Para Geddel, com as declarações o governador constatou algo “óbvio, porque as pesquisas mostram que Imbassahy está um pouco à frente em Salvador”.

“Agora, entendo que pesquisa a um ano de eleição se fosse parâmetro definitivo Wagner não seria governador da Bahia, porque ele estava lá na rabada das pesquisas até ter o apoio do PMDB, as coisas começarem a crescer e ele virar governador”, completou.

O ministro argumentou que, depois do desaparecimento do senador ACM, “todo mundo conversa com todo mundo na política baiana e é natural que Wagner converse com Imbassahy assim como é natural que daqui a pouco eu sente com Paulo Souto para discutir a sucessão em 2010”.

“Nós todos temos que discutir a Bahia, debater alternativas para que este Estado seja forte politicamente”, disse Geddel, complementando achar que Wagner fez uma análise sociológica do que está acontecendo”, ao falar sobre as candidaturas em Salvador.

Ele afirmou que permanece buscando fortalecer a candidatura do prefeito João Henrique (PMDB) e disse que vai buscar o apoio de todos os partidos que são co-responsáveis pelos erros e acertos da administração municipal.

Lembrado pelo radialista sobre uma nota publicada no site de Cláudio Humberto falando das disputas por espaço entre o PT e seu partido, foi enfático: “Não sou passarinho para que cortem minhas asas. O partido cresce, porque trabalha e isto é importante para a Bahia”. 

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