01 de fevereiro de 2011 | 16:54

Para driblar protestos, João Henrique chega com cinco horas de antecedência e permanece até agora na Câmara

Para driblar os protestos que marcaram a solenidade de reabertura do ano legislativo hoje na Câmara Municipal, o prefeito João Henrique (PMDB) chegou ao local com cerca de cinco horas de antecedência, estimam assessores e funcionários do Poder.

Ele teria chegado por volta das 10h30 ao prédio do Paço Municipal, que fica do outro lado da rua, a menos de 500 metros da Prefeitura. Lá, almoçou com o presidente da Câmara, Pedro Godinho (PMDB), e um grupo de vereadores governistas.

Durante o almoço, demonstrando ansiedade com relação ao protesto que havia sido anunciado desde o dia anterior, João Henrique pediu a assessores e vereadores mais próximos que monitorassem a chegada dos manifestantes à Casa.

Em acordo com a segurança da Câmara, os agentes que dão proteção ao prefeito trataram também de fechar todas as entradas alternativas à Câmara, fazendo com que o fluxo de pessoas se desse exclusivamente pela porta principal, onde a vigilância foi redobrada.

Momentos antes de a solenidade começar, às 15h, quando vereadores de oposição negociavam o ingresso nas galerias de um pequeno grupo de manifestantes que exigia participar do evento, houve confusão e a polícia disparou gás de pimenta sobre todos.

No meio da multidão, o vereador petista Gilmar Santiago recebeu uma lufada sobre os olhos de que se queixava mesmo depois que o evento foi encerrado, mais de uma hora depois. Em seguida, um grupo de servidores e ex-funcionários subiria às galerias.

De lá, reagiriam com ênfase às manifestações de apoio recebidas pelo prefeito, transformando a leitura de seu discurso numa tortura que o obrigou a interrompê-lo diversas vezes. Presidindo os trabalhos, Godinho teve que intervir pelo menos três vezes durante o discurso.

Ele pedia calma e educação a manifestantes pró e contra o prefeito. Num determinado momento, também acenou para João Henrique como se pedisse para que ele encerrasse seu discurso com mais rapidez de forma a interromper o calvário em que a sessão foi transformada.

Logo depois de encerrado o discurso, João Henrique voltou à sala da presidência da Câmara, onde permanece até o momento, esperando que a organização do protesto arrefeça e deixe as escadarias da Câmara, onde se postou até o momento em que este post é publicado.

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