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Lideranças da oposição baiana veem fragilidade na indicação de Flávio Bolsonaro à Presidência e apontam “amadorismo” na direita
Lideranças da oposição baiana veem fragilidade na indicação de Flávio Bolsonaro à Presidência e apontam “amadorismo” na direita
Por Política Livre
06/12/2025 às 18:20
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Importantes lideranças políticas da Bahia, aliadas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, reagiram à declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro de que o senador Flávio Bolsonaro (PL) será seu candidato “legítimo” ao Palácio do Planalto. Para integrantes do grupo oposicionista, o anúncio expôs desorganização interna e tende a não se sustentar até o período eleitoral.
Segundo uma das lideranças, em contato com este Política Livre, a definição do nome de Flávio evidenciou uma tentativa de “freio de arrumação” dentro do campo bolsonarista, especialmente diante das movimentações de Michelle Bolsonaro e de outros possíveis postulantes.
“Eles precisavam dar um freio de arrumação em Michelle e em outros nomes que estavam postos. A prova é tanta que não houve conversa: ele chegou e disse ‘sou eu candidato’. E Valdemar [Costa Neto] solta uma nota afirmando que, segundo Flávio, o capitão disse que ele é o candidato”, afirmou.
A avaliação é que a forma como a indicação foi feita gerou ruídos entre aliados e reforçou percepções de desorganização. A crítica mais pública veio do pastor Silas Malafaia, figura influente entre eleitores conservadores, que classificou o episódio como “amadorismo da direita”.
Outro ponto observado por interlocutores baianos é o silêncio de Michelle Bolsonaro após o anúncio, um sinal, para eles, de que a ex-primeira-dama ainda não desistiu completamente da disputa interna.
Diante do cenário, a leitura dentro da oposição na Bahia é clara: a candidatura de Flávio Bolsonaro não deve resistir ao tempo. “Moral da história: essa candidatura não se sustenta, ela vai desidratar”, avaliou a liderança entrevistada.
Apesar do impacto imediato, integrantes do grupo de ACM Neto acreditam que o debate sobre o candidato da direita ao Planalto só deve amadurecer ao longo de 2026, quando as articulações nacionais estiverem mais estabilizadas.
