02 de dezembro de 2011 | 09:25

Wagner decreta demissão de ministro-mala Carlos Lupi

Quem duvida que o governador Jaques Wagner (PT) pertence ao círculo íntimo petista liderado pela presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula? Pois é Wagner que aparece hoje na Folha de S. Paulo, exatamente na Folha, o mais destacado dos jornais brasileiros, aconselhando o ministro Carlos Lupi (Trabalho) a deixar o cargo, depois que a Comissão de Ética da Presidência da República fez o mesmo.

Se, exatamente por ter sua isenção política questionada, a recomendação da Comissão de Ética da Presidência pode ser considerada um veredicto, contra o qual um ministro sangrando como Lupi não pode mais apresentar argumentos, o posicionamento de Wagner apenas reforça o sentimento geral no governo de que, com sua insistência em permanecer ministro, ele virou mais do que uma figura política inconveniente.

Na verdade, Lupi é hoje um estorvo, uma mala, que não quer compreender a necessidade de deixar o poder para não criar mais aborrecimentos à presidente. Ontem, o jornalista Ricardo Noblat soltou em seu twitter, em mensagem retuitada por este Política Livre, que, lamentavelmente, estava a ponto de acreditar que o governo estaria com medo de que o ministro fizesse algumas inconfidências caso resolvesse demiti-lo.

Pelo visto, mesmo que o ministro esteja a inspirar algum temor na presidente Dilma e em todo o seu staff, seu prazo expirou. Quem conhece de PT e do seu núcleo duro atual, convenceu-se de que as declarações do governador baiano equivalem a um decreto de demissão de Lupi. É apenas esperar para ver se alguém carrega a mala para além desse fim de semana.

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