02 de dezembro de 2011 | 12:54

Relatório de baiana Marília Muricy contra Lupi bota Dilma contra a parede

O fato de a jurista baiana Marília Muricy ser a relatora, na Comissão de Ética da Presidência da República, do caso Lupi, é uma prova para o país e quantos duvidem da seriedade com que o colegiado conduziu a análise das denúncias contra ele de que o ministro-mala do Trabalho cometeu faltas graves e merece ser imediatamente defenestrado pela presidente Dilma Rousseff.

Muricy é membro ilustríssimo da esquerda ética e responsável da qual muito poucos hoje na Bahia podem se orgulhar de pertencer. Como professora da UFBa, formou uma legião de advogados e admiradores que se encantavam com seu estilo apaixonado e as lições acadêmicas e práticas sobre o risco da transigência com questões éticas.

Na condição de secretária de Justiça do governo Jaques Wagner, escolheu a hora de sair, demonstrando um altivez que falta à imensa maioria, inclusive ao pobre Lupi.

Vejam suas palavras no Jornal Nacional de ontem: “Do meu relatório (apontando que as falhas do ministro foram graves e inquestionáveis) estou absolutamente convencida de que não há o que modificar”. Com um relatório de uma figura como Marília em mãos, Dilma ficou realmente contra a parede.

Se não demitir Lupi, verá prevalecer a tese de que teme as inconfidências do ministro, como assinalou o jornalista Ricardo Noblat.

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