07 de dezembro de 2011 | 10:16

Oposicionista diz que Wagner fragiliza Assembleia para tentar eleger Gabrielli governador-tampão

Bruno Reis

Em entrevista agora pela manhã à Rádio Metrópole, o deputado estadual Bruno Reis (PRP) disse que a Assembleia Legislativa não passa por uma crise financeira, mas exclusivamente política. Segundo Reis, historicamente os governos, inclusive no período carlista, sempre fizeram uma suplementação orçamentária ao Parlamento ao final de cada ano legislativo.

Desta vez, entretanto, determinado a enfraquecer o poder político do atual presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), o governador Jaques Wagner (PT) teria travado a transferência dos recursos para o Legislativo, criando um conflito de grandes proporções na Casa. Segundo Reis, a decisão de Wagner passa pelo seu interesse de jogar sozinho na sucessão de 2014.

O oposicionista acredita que o governador gostaria de substituir Nilo por um petista no comando da Assembleia porque tem planos de se licenciar, junto com o atual vice-governador, Otto Alencar (PP), antes das eleições de 2014. Com isso, o presidente da Assembleia assumiria o cargo e teria que convocar uma eleição indireta para um mandato-tampão de nove meses no governo baiano.

“Se Marcelo for o presidente da Assembleia neste momento, ele fatalmente será eleito governador, porque teria o apoio da oposição e goza de grande prestígio entre os deputados. Por isso, Wagner precisa de um presidente petista, que criaria as condições para José Sérgio Gabrielli (presidente da Petrobras) ser eleito governador-tampão”, afirmou o deputado.

Reis garante que esta seria a única chance de Wagner fazer um petista seu sucessor. “Só no comando do Estado, na condição de governador-tampão, Gabrielli terá condições de se reeleger governador da Bahia em 2014, solidificando o projeto do PT de se perpetuar na Bahia. Essa crise financeira da Assembleia é falsa. Só não vê quem não quer”, declarou.

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