04 de dezembro de 2011 | 10:15

‘Faxina’ faz Dilma repetir prestígio de Lula no exterior

Presidenta Dilma Rousseff(Crédito: AP)


Um perfil elogioso da presidente Dilma Rousseff na revista americana The New Yorker confirmou, na semana passada, o que já estava claro para o mundo político: ela está conseguindo, também fora do País, tornar-se uma figura de sucesso – como havia conseguido, antes dela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E se este sobreviveu, por força de seu carisma, a episódios como os do mensalão, dos aloprados e a infindáveis alianças clientelistas, ela se vale da imagem de racionalidade. É aplaudida por demitir ministros que, afinal, ela própria escolheu. “A imagem que ela passa lá fora é de uma dona de casa pondo ordem nas coisas”, resume o cientista político Amaury de Souza, diretor da MCM Consultores. Ao que outro estudioso, Humberto Dantas, acrescenta: “É também o que percebe o público interno: que ela está, enfrentando os problemas e demitindo os ministros acusados”. Para a maioria do eleitorado, é o que basta, lembra Dantas, sociólogo e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). “Grande parte dos cidadãos tem uma visão simplista do quadro político. O ministro é tirado, o problema está resolvido.” Não vem ao caso, para esses brasileiros, questionar o modelo de governo ou o sentido das alianças formadas. E a própria imprensa “reforça a ideia de que Dilma herdou um ministério podre”. (Agência Estado)

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