07 de dezembro de 2011 | 12:02

Disputa por comando do Bahia envolve faturamento de R$ 60 mi

Marcelo Guimarães Filho (crédito: A Tarde)

A oposição ao presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, vai agravar a decisão do desembargador Gesivaldo Brito, que cassou nesta madrugada a liminar que suspendeu sua reeleição e destituiu o Conselho Deliberativo da entidade. Líderes do movimento contra o atual presidente procuraram o Política Livre para informar que não lutam contra ele, mas protestam contra a falta de regras que marca o processo eleitoral no Clube.

Por trás da briga, há um orçamento anual, previsto para 2012, da ordem de R$ 60 milhões. Os opositores do atual presidente acham que o faturamento poderia aumentar caso, mudando regras e fazendo ajustes no estatuto do Clube, fosse incorporada uma grande massa de torcedores que gostaria de contribuir com a entidade.

O problema é que, para assegurar o aumento da arrecadação, o atual comando do Bahia teria que adotar regras mais transparentes pelas quais não se interessa, na visão da oposição, razão, segundo seus principais membros, do movimento político e agora judicial contra Guimarães Filho.

Eles prometem lutar até o fim na Justiça contra o atual presidente, como confidenciou um deles há pouco ao Política Livre, apesar das evidências, em sua avaliação, de que setores do Judiciário baiano, por envolvimento com o Clube, podem tentar dificultar o processo.

Na semana passada, portanto, nos dias que antecederam as eleições, Guimarães Filho teria sido visto almoçando, num conhecido restaurante da cidade, com o sobrinho de um importantísssimo magistrado do Tribunal de Justiça da Bahia. O sobrinho do julgador vem a ser também conselheiro do Clube e está, naturalmente, na briga, ao lado do atual presidente.

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