08 de dezembro de 2011 | 07:34

Bancadas não se entendem e pauta trava na Câmara

Aumenta a tensão na Câmara Municipal a cada dia por causa dos projetos que estão sendo enviados pelo prefeito João Henrique (PP) e que devem ser votados até o recesso parlamentar que inicia no próximo dia 28. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) sobre a Copa do Mundo 2014 e a Lei de Ordenamento do Uso do Solo do Município (Lous) continuam liderando o ranking dos mais polêmicos. A sessão de ontem deveria votar os quatro vetos do Executivo a projetos das vereadoras Aladilce Souza (PCdoB), Andréa Mendonça (PV) e Vânia Galvão (PT) e, assim, destrancar a pauta. No entanto, sem acordo e com os debates em torno do PDDU e da Lous dominando os discursos, os vereadores foram se retirando aos poucos até que o quórum ficou insuficiente para sustentá-la. O imbróglio se dá por conta da discordância entre governo e minoria. Apesar de oficialmente o PDDU ainda não poder ser votado em virtude das audiências públicas que ainda estão acontecendo (acontece a terceira hoje e a última na próxima segunda-feira), a negociação entre os pares já foi iniciada e segue a todo vapor.

No entendimento da oposição, não há esclarecimentos suficientes por parte do Poder Executivo sobre o que, de fato, será construído no entorno da Arena Fonte Nova e sobre o aumento da altura dos hotéis na orla marítima. Para a minoria, “não há amparo legal na Lous para construção de hotéis no entorno do estádio”, segundo o vereador Gilmar Santiago (PT). Além de rejeitar a viabilidade de votação do PDDU em caráter de urgência urgentíssima, como pediu o bloco de situação, Gilmar chama a atenção ainda para a necessidade da realização de audiências públicas também para debater a Lous. “Não adianta aprovar o PDDU sem aprovar a Lous porque a (Lous) vigente é de 1984 e não permite o que está se querendo no PDDU (mexer na estrutura das áreas que receberão ampliação e construção de novos hotéis)”, reclama o petista. Leia mais na Tribuna.

Comentários