19 de setembro de 2019 | 14:30

Witzel defende que preso perca visita íntima e ‘liberdade sexual’

brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse nesta quarta (18) que presos deveriam perder o direito às visitas íntimas na cadeia, que chamou de “liberdade sexual”. Também defendeu que a pena máxima para participação no crime organizado suba para 50 anos de detenção. “A pena para criminosos do crime organizado não pode ser 35 anos, tem que ser 50 anos. E outra: o sistema em que ele tem que ficar preso tem que ser um sistema que não tenha visita íntima. Se perdeu a liberdade, por que não vai perder a liberdade sexual? Onde é que nós estamos com a cabeça? Você tira a liberdade do sujeito, mas não tira a liberdade sexual dele. O que que é isso? Perdeu, sim”, afirmou. No Brasil, uma pessoa pode ficar presa no máximo por 30 anos, mesmo que as as penas somadas ultrapassem esse tempo. Para quem promover, integrar ou financiar organização criminosa, a reclusão mínima hoje é de três a oito anos, sem contar os agravantes. Witzel, que é ex-juiz federal, deu a declaração durante o primeiro encontro nacional de delegados de departamentos de homicídios, realizado por dois dias na Acadepol (Academia de Polícia Sylvio Terra), no centro carioca. Ele acrescentou que o Brasil “prende de menos”, apesar de ter um déficit de mais de 300 mil vagas no sistema penitenciário. “Nós não prendemos demais, nós prendemos de menos, porque faltam vagas no sistema penitenciário. Aqui no Rio construímos um modelo de presídio vertical e vamos construir cinco presídios, com capacidade de 3.500 a 5.000. Com uma área de ensino, de indústria”, disse. O déficit de vagas no Rio de Janeiro era de 23.196 em 2017, segundo os dados mais atualizados do Infopen.

Folhapress
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