Foto: Fernanda Chagas/Política Livre
18 de setembro de 2019 | 15:30

Neto prega união da bancada e critica “picuinha política” sobre saída da Petrobras da Bahia

salvador

O prefeito ACM Neto (DEM) disse, na tarde desta quarta-feira (18), que se coloca à disposição para tentar reverter o encerramento das atividades da Petrobras em Salvador e na Bahia junto ao governo federal. A Oposição tem cobrado uma intermediação do democrata com o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Já manifestei minha opinião contrária à decisão do governo de fechar as unidades da Petrobras aqui em Salvador, não só pelo que isso traz de importância institucional para nossa cidade, mas também é claro de manter esses empregos aqui. Em relação à qualquer tipo de interlocução com o governo federal eu não me negaria a tentar buscar esse caminho. (…) Não sei que prestígio eu posso ter junto ao governo, mas se de alguma forma eu puder ajudar, estou à disposição”, disse ao Política Livre após inauguração da Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) da Ribeira.

No entanto, Neto não poupou críticas à Oposição, que segundo ele, vem fazendo um “jogo baixo” nas redes sociais com cartões o acusando ser a favor da saída da estatal da capital baiana. Para o presidente nacional do DEM, agora não é momento de “picuinha política”, mas de união da bancada baiana em Brasília para tentar solucionar o problema. “Nós lamentamos que isto esteja acontecendo e, se de alguma forma, eu pude ajudar, estou à disposição. Sei que também a bancada baiana pensa da mesma forma. (…) O presidente do nosso partido aqui na Bahia, deputado Paulo Azi, já está participando desse movimento e, eu me coloquei à disposição para conversar com lideranças que representam os sindicatos e os trabalhadores de maneira que se faça um esforço conjunto e não se fique esse picuinha política que setores da Oposição lamentavelmente insistem em fazer em relação a gente”.

A desocupação do edifício Torre Pituba (Ediba) na capital baiana foi anunciada pela estatal no último dia 6. A construção do prédio é alvo da Operação Sem Fundos, na 56ª fase da Lava Jato, por suspeita de superfaturamento de R$ 1 bilhão – orçado, inicialmente, R$ 320 milhões, o empreendimento custou R$1,32 bilhão – e pagamento de propinas pelas empreiteiras OAS e a Odebrecht de R$ 68 milhões que teriam, segundo o Ministério Público Federal (MPF), beneficiado o PT e ex-dirigentes da Petrobras e da Petros (fundo de pensão da estatal).

Fernanda Chagas e Raiane Veríssimo
Comentários