Foto: Eraldo Peres/AP
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro 16 de setembro de 2019 | 22:00

Moro defende ‘fortalecimento’ das polícias que investigam

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O ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) defendeu nesta segunda, 16, o fortalecimento das Polícias Judiciárias – unidades que detêm atribuição constitucional para investigar crimes. Em Curitiba, para uma plateia formada em sua maioria por delegados federais e civis, Moro participou da abertura da 5.ª Edição do Programa de Fortalecimento das Polícias Judiciárias. Ele apontou o melhor caminho, segundo sua avaliação, para reforçar e estimular as polícias de investigação. “Para tanto precisamos de mais recursos humanos, recursos tecnológicos, recursos financeiros, mas também treinamento”. Logo cedo, antes do evento, Moro postou em sua página no Twitter, que tem quase 1,5 milhão de seguidores. “O Ministério da Justiça tem como uma de suas metas fortalecer as Polícias judiciárias, inclusive as estaduais e a distrital”. Já em Curitiba, o ministro fez um ‘cumprimento todo especial’ para o delegado Paulo Lacerda, diretor-geral da Polícia Federal no primeiro governo Lula. “Uma lenda dentro da PF”, definiu Moro. “Durante a gestão Paulo Lacerda, a Polícia Federal deu um grande salto de qualidade, de independência, de atuação destacada”. O ministro falou sobre estratégias de enfrentamento ao crime organizado e ao crime de corrupção. “No que se refere ao crime organizado e à grande corrupção a minha compreensão é que as estratégias (de combate) são relativamente similares. Há diferenças pontuais, mas são duas espécies de atividades criminosas complexas”. Idealizador do projeto, o delegado de Polícia Federal Jorge Pontes, que já dirigiu a Interpol (Polícia Internacional), disse que ‘o programa busca, sobretudo, inspirar as polícias judiciárias a alcançar extratos mais altos da criminalidade’. “Por isso trazemos ao conhecimento dos nossos colegas o longo processo de amadurecimento institucional pelo qual a Polícia Federal passou nos últimos 25 anos, além de focar na importância da autonomia das polícias judiciárias em relação aos governos estaduais e na necessidade de gerenciar a seletividade das suas investigações com vistas à realização de grandes operações repressivas”, declarou Pontes. Ele seguiu. “Por isso trazemos três gerações de delegados federais, que conduziram os mais relevantes inquéritos e as mais importantes operações da nossa História”.

Estadão Conteúdo
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