18 de setembro de 2019 | 13:57

Israel busca saída para impasse político após eleição terminar sem maioria

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Um dia depois das eleições parlamentares em Israel, que não coroaram um vencedor imediato, o país enfrenta uma espécie de ressaca política nesta quarta-feira (18), tentando decifrar o recado das urnas e, principalmente, prever os possíveis cenários políticos. Com 99% das urnas apuradas, os resultados oficiais apontam que o partido de centro-esquerda Azul e Branco, do ex-comandante do exército Benny Gantz, foi o mais votado, com 32 das 120 cadeiras do Knesset (o Parlamento israelense). Ele é seguido de perto pelo partido conservador Likud, do atual primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que conseguiu abocanhar 31 assentos. Nenhuma das duas forças políticas têm chance de formar uma coalizão com maioria no Knesset (61 cadeiras). Diante do impasse, a fábrica de rumores e conjecturas políticas funciona com força máxima, enquanto analistas esperam os próximos passos dos jogadores. Netanyahu anunciou que não irá discursar, este ano, na Assembleia Geral da ONU justamente para resolver o imbróglio político. Ele também convocou uma reunião de emergência entre o Likud e seus aliados de partidos religiosos e de direita radical. A decisão foi formar um bloco de direita único, com 55 cadeiras, para tentar dar base a um um governo, mesmo sem maioria no Knesset. Com o bloco, Netanhyahu espera receber do presidente israelense, Reuven Rivlin, a incumbência de formar o novo governo, o que lhe daria vantagem nas negociações futuras. Gantz pode, em tese, formar um bloco unindo o Azul e Branco com siglas de esquerda e com a Lista Unida, que representa a minoria árabe e que ficou em terceiro lugar.

Folhapress
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