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A favor de Neto na prática, a comissão conta apenas o vereador Carballal, autor da iniciativa, como presidente, Sabá e Paulo Magalhães Júnior 02 de setembro de 2019 | 16:31

Instituição de membros em comissão para fiscalizar ISS coloca ACM Neto nas mãos da Câmara; Brito terá plenos poderes

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A instalação da comissão especial para fiscalizar a isenção Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza [ISS] para os empresários do transporte público de Salvador e taxa de Regulação, Controle e Fiscalização (TRCF) na Câmara de Salvador, na tarde desta segunda-feira (2), com o número de membros em sua maioria de oposição [cinco], dois tidos como rebelados (Cézar Leite e Maurício Trindade) e, mais ainda, com a instituição do vereador Edvaldo Brito (PSD), como vice-presidente; porta-voz da comissão; responsável por acompanhar e coordenar junto com o relator a emissão do relatório final, bem como substituir o presidente em possíveis ausências e balizar, através do seu conhecimento jurídico, a condução do presidente e elaboração do relatório, papéis que, consequentemente, o dá plenos poderes de decisão, teria sido uma ‘verdadeira jogada de mestre’, como forma de colocar o prefeito ACM Neto (DEM) “ainda mais” nas mãos do Parlamento municipal. A informação foi repassada com exclusividade a este Política Livre.

Mas não parou por aí. A nomeação do comunista Hélio Ferreira, liderança do sindicado dos Rodoviários, como uma espécie de ouvidor do colegiado teria sido a cartada final. “Pelo conhecimento abalizado do tema presidirá todas as audiências públicas e coordenará as diligências”, afirmou o presidente da Casa, vereador Geraldo Júnior (SD). Somam-se a eles, o petista Suíca, o integrante do Podemos, Carlos Muniz e José Trindade (sem partido), opositores dos mais contundentes à gestão do prefeito. Com isso, a favor de Neto na prática, restaria apenas o vereador Carballal (PV), autor da iniciativa, como presidente, Sabá (PV) e Paulo Magalhães Júnior (PV).

Vale lembrar, que o clima entre o gestor soteropolitano e sua base [que conta com 30 vereadores contra 13 da oposição] há muito não anda bem e a votação do projeto que isenta o ISS foi retardada pela não garantia do número de votos favoráveis para a sua aprovação. Porém, a aprovação da matéria que regulamenta os aplicativos em Salvador, com 39 emendas ao texto original encaminhado pela prefeitura de Salvador, com apenas um voto contra teria sido a maior comprovação de enfraquecimento da sua relação com os seus aliados, agora reforçada pela composição da comissão especial.

Fernanda Chagas
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