Foto: Luís Macedo/Agência Câmara
André Luiz Almeida Mendonça 20 de setembro de 2019 | 12:12

Chefe da AGU diz que acordos de leniência ‘são a esperança’ no combate à corrupção

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O advogado-geral da União, André Mendonça, disse que ‘o acordo de leniência é o instrumento jurídico mais eficaz de prevenção e combate à corrupção no país’. Durante o seminário ‘Acordos de Leniência’, promovido pela Frente Parlamentar Mista Ética contra a Corrupção nesta quinta, 19, na Câmara dos Deputados, o chefe da AGU destacou que ‘hoje, os acordos de leniência são a esperança no combate à corrupção na América Latina’.

“O grande ator dessa propagação é o Brasil”, afirmou. O advogado-geral apontou que a Lei Anticorrupção (12.846/2013) – que prevê a celebração dos acordos – tem papel direto nessa conquista.  “Foi [resultado] de uma conjugação de pressão internacional com uma manifestação popular no Brasil [em 2013]”, disse. A Frente Parlamentar é coordenada pela deputada Adriana Ventura e formada por 250 deputados e senadores. “O objetivo é justamente fiscalizar e educar fazendo esses seminários”, ela disse, segundo informações divulgadas pela AGU.

Para Adriana, ‘é importante trazer esse tema do acordo de leniência porque ele é polêmico e sensível’. Também participaram do seminário o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário; o advogado do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial, Godofredo Dantas Neto; o advogado da Tojal Renault Advogados, Sebastião Tojal; e a auditora do Tribunal de Contas da Uniãoo, Luciene Pereira.

Para o ministro Wagner Rosário, a Lei 12.846/2013 ‘trouxe importantes avanços nas normas, entre elas a possibilidade de sancionar as empresas envolvidas em corrupção’. “Ela trouxe um viés econômico e financeiro, trouxe os estados e o setor privado contra a corrupção e uma prioridade na responsabilização da pessoa jurídica”, enfatizou o controlador-geral. Para a auditora do TCU Luciene Pereira, ‘a corrupção impacta as finanças dos entes da federação’. “E nós temos que fazer esse enfrentamento sem paixões, de uma forma racional e pautada na Constituição da República.” Para o advogado do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial, Godofredo Dantas Neto, o combate à corrupção precisa ter segurança jurídica.

Estadão
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