Foto: Mateus Pereira /GOV-BA
Rui Costa 16 de agosto de 2019 | 11:17

Partidos da base de Rui reclamam de desvantagens após novos critérios de divisão dos cargos regionais

bahia

As novas regras para a divisão dos cargos regionais na Bahia, que passaram a considerar, entre outras mudanças, as bancadas federais e o critério de proporcionalidade de votos das legendas, tem sido motivo de grande insatisfação para alguns partidos da base aliada ao governador Rui Costa (PT), a exemplo do PDT, que, segundo o presidente estadual, deputado federal Félix Mendonça Jr, não aceita o modelo aplicado e recusa a partilha. “O PDT não concorda com a divisão e decidiu que não vai aceitar o que for indicado e nem reivindicar esses espaços”, enfatizou Mendonça Jr, demonstrando não haver possibilidade de novos diálogos ou possíveis mudanças na decisão.

Além da regra de proporcionalidade, os novos critérios determinam também que para ter direito a cargos em determinado reduto os partidos precisam ter obtido, no mínimo, 10% dos votos válidos da região. Para a deputada federal Lídice da Mata (PSB), a discussão vai além da mera ocupação de cargos, mas “termina sendo uma trava para o crescimento de novas lideranças, dificulta a situação para os partidos médios e beneficia os grandes partidos que, de qualquer forma, já têm mais beneficiados. Não é um problema só com o PSB, mas com todos os partidos”. Dados apurados por este Política Livre, PT – partido do governador Rui Costa – e PSD – presidido pelo senador Otto Alencar -, legendas que possuem as maiores bancadas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa da Bahia, garantiram aproximadamente 70% do total de cargos disponíveis no Estado.

Questionada sobre a continuidade das negociações com o governador e com o Conselho Político, Lídice afirmou que “a questão tem ficado a cargo da secretaria do partido e com os deputados estaduais”, no entanto, reforço um dos impasse criado pelas mudanças: “Os deputados federais acham que o critério não tem beneficiado a ação dos federais e os estaduais também estão com dificuldade porque não parte da votação dos deputados, mas da legenda”.

Mari Leal
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