Foto: Mari Leal
Maia já admite que a reforma Tributária deve ser a próxima pauta de destaque no Congresso 19 de julho de 2019 | 14:10

Reforma da Previdência: Maia confirma que” trabalha” para repetir placar de votação do primeiro turno

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Durante visita a Fundação Dr. Jesus, na manhã desta quarta-feira (19), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), confirmou que trabalha para repetir o placar de 379 votos favoráveis alcançados no primeiro turno da votação da reforma da Previdência, também no segundo. Para isso, ele assegura que tem se reunido com líderes do governo e partidários, constantemente, de forma a sanar os impasses em torno do texto.

“Na última quinta-feira (18), me reuni, por exemplo, com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni e com a secretaria Especial de Previdência Social Rogério Marinho para reorganizar a votação partido por partido e garantir que a votação terá quórum semelhante ao da votação do primeiro turno”, disse.

“Foi um esforço de todos, não consegui como presidente apenas pelo meu esforço, e tenho certeza que iremos para o segundo turno com a mesma disposição , com a mesma certeza de que não tem milagre, discurso fácil, mas que precisamos refazer o Estado brasileiro para que tenhamos um Estado moderno, que atenda melhor a população, com mais eficiência na saúde, educação, segurança pública e tire recurso daquele que, de fato, não precisa”, enfatizou.

“Para que nos dias 6, 7 e 8 de agosto a gente possa terminar essa etapa com a mesma economia e, encaminhar a partir daí, o protagonismo para o Senado Federal, com um economia global da medida provisória, mais a PEC, de mais um R$ 1,1 trilhão que garante o equilíbrio da divida previdenciária brasileira”, complementou, sem deixar de chamar atenção que o governo precisa dar continuidade ao diálogo com os partidos. “Mostrar que estamos reduzindo desigualdades, protegendo os que ganham menos”, ponderou Maia.

Por fim, o presidente da Câmara, já admite que a reforma Tributária deve ser a próxima pauta de destaque no Congresso. “Há uma pauta que está sendo discutida no Senado e nós queremos trabalhar em conjunto”, elencou, frisando que hoje o presidente [Jair Bolosnaro] deu uma declaração muito importante de que quer unificar impostos, mas que não quer a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira].

Por fim, ele também manifestou preocupação com o fato de que um eventual novo debate sobre reforma política no país possa acabar reestabelecendo a possibilidade de haver coligação entre partidos durante as eleições.

“Temos que ter muito cuidado para não voltar com a reforma política e acabar com uma parte querendo retomar com as coligações. Temos que ter cuidado para que uma coisa que parece boa não termine em retrocesso”, concluiu.

Mari Leal e Fernanda Chagas
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