Foto: Reprodução/Arquivo
A atriz Débora Secco estrelou o filme Bruna Surfistinha nas telas 19 de julho de 2019 | 09:19

O sincericídio de Bolsonaro, Bruna Surfistinha e o aliado que é ex-ator pornô

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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) parece andar tão agastado com a justificada reação negativa aos seus planos de indicar um dos filhos para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos que ontem, numa de suas lives, resolveu abrir logo o jogo.

“Lógico que é filho meu. Pretendo beneficiar um filho meu, sim. Pretendo, está certo? Se puder dar um filé mignon ao meu filho, eu dou. Mas não tem nada a ver com filé mignon essa história aí. É aprofundar um relacionamento com um país que é a maior potência econômica e militar do mundo”, disse Bolsonaro.

Os argumentos pro-filiais de Bolsonaro foram, ao contrário do que prevê a lógica, involuindo. Primeiro, o pimpolho era versado nas línguas inglesa, espanhola e sabia fritar hambúrgueres. Ante o espanto geral, o mandatário saiu-se com outra.

Segundo o presidente, ninguém ouvira falar antes na Embaixada brasileira em Washington, do que se depreende que credenciais melhores o filhão não precisaria exibir para poder ocupar o posto mais importante da diplomacia nacional.

Agora, cometendo um verdadeiro sincericídio, Bolsonaro revelou porque está disposto a mover montanhas e quiçá as placas tectônicas do planeta, ainda que com recursos públicos, para fazer do filho embaixador nos EUA. Ele quer beneficiar um filho. Não importa que o rapaz, enfim, o rapaz…

Se Bolsonaro tivesse a mesma disposição que revela no sentido de ajudar um dos seus Zeros para colaborar com o povo brasileiro, auxiliando na aprovação das reformas da Previdência, tributária e política e devotando-se à pauta econômica para tirar o país da crise, por exemplo, com efeito ninguém teria do que se preocupar.

Mas é muito mais forte o ímpeto dinastial, patrimonialista, do presidente, como ele próprio revela sem que ninguém precise denunciá-lo, ao lamentavelmente deixar claro que, se puder comprar um filé para o filho, mesmo que seja por meio do Estado, ele não se furtará em fazê-lo.

Moral estranha

Será o deputado federal e ex-ator pornô Alexandre Frota (PSL), frequentador, partidário e aliado político do presidente Jair Bolsonaro que o está aconselhando a atacar a Ancine por causa de uma produção cinematográfica fictícia baseada num bestseller escrito por uma garota de programa? Olha isso, aí…

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