Foto: Fábio Motta/Estadão
´BNDES 12 de julho de 2019 | 19:45

Novo presidente do BNDES vai trocar toda a diretoria e apresenta sete nomes

economia

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, de posse marcada para a próxima terça-feira, 16, em Brasília, trocará toda a diretoria da instituição de fomento. A diretoria, hoje com oito vagas (uma desocupada), passará a ter dez postos, conforme estrutura organizacional apresentada por Montezano em reunião nesta quinta-feira, 11, no Rio. No encontro, o novo presidente reafirmou a meta, já estipulada na semana anterior, de explicar a “caixa-preta” do BNDES em até dois meses. Das dez vagas, Montezano anunciou sete nomes. Três deles têm formação em institutos militares, assim como Montezano, engenheiro formado pelo Instituto Militar de Engenharia (IME). Os três nomes que faltam “ainda não foram definidos”, informou o BNDES em nota divulgada ontem. Enquanto isso, três atuais diretores seguirão nos cargos, para um trabalho de “transição”. A atual diretoria do BNDES havia sido quase toda indicada pelo ex-presidente Joaquim Levy, que entregou o cargo mês passado, após ser criticado pelo presidente Jair Bolsonaro. A exceção era a diretora de Investimentos, Eliane Lustosa, no banco desde a gestão de Maria Silvia Bastos Marques, que assumiu em maio de 2016, após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff. Um dos motivos alegados por Bolsonaro para se dizer “por aqui” com Levy foi a indicação, para a vaga desocupada na diretoria do BNDES, do advogado Marcos Barbosa Pinto, que trabalhou na Gávea Investimentos e ocupou cargos na administração federal nos governos do PT. O outro motivo para a insatisfação presidencial com Levy seria a demora em abrir a “caixa-preta” do BNDES. Em reuniões com diretores e superintendentes, semana passada e ontem, Montezano colocou, como meta para ser atingida na “semana 8” de sua gestão, “explicar a ‘caixa-preta’ para a população brasileira”. O novo organograma traz uma diretoria “dedicada exclusivamente à atividade de ‘compliance’ (cumprimento de normas), incrementando o padrão de governança da instituição”, diz a nota de ontem. Hoje, essa diretoria também cuida de assuntos jurídicos. Para o cargo, Montezano indicou Alexandre Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), bacharel em direito e formado em ciências navais pela Escola Naval. Com a separação, a diretoria jurídica ficará com Saulo Puttini, advogado e engenheiro formado no IME, ex-auditor do TCU, mais recentemente no Banco Safra. Também será criada uma Diretoria de Relações Institucionais e Governo, que ficará baseada em Brasília. O diretor será Adalberto Vasconcelos, que, no início deste mês, deixou o comando do Programa e Parcerias de Investimentos (PPI), após essa estrutura passar para a Casa Civil. Os demais diretores anunciados ontem são Fábio Abrahão (que ficará com a Assessoria de Infraestrutura), Petrônio Cançado (Crédito e Garantia), Leonardo Cabral (Assessoria de Privatizações) e Ricardo Barros (Operações).

Estadão Conteúdo
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