Foto: Mari Leal
Wagner declarou, no entanto, que em sua opinião trata-se de nepotismo. 19 de julho de 2019 | 11:59

Embaixador nos EUA: Wagner não antecipa voto, mas afirma considerar indicação “constrangedora”

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O senador Jaques Wagner (PT), não atencipa como será seu voto no Senado, mas afirma ser “constrangedora” a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada nos EUA.

“Vai passar pela Comissão de Relações Exteriores ainda e depois votado em plenário, mas eu não vou fazer prognóstico porque o voto é secreto e é impossível você ficar fazendo aposta. Contudo, acho que é um constrangimento grande, mesmo de gente apoiador do Governo Federal. A declaração dele [Jair Bolsonoro disse que o filho só não irá para a embaixada se não quiser ou se não for aprovado pelo Senado] de que quer beneficiar o filho, reforça esse constrangimento, mas eu prefiro aguardar”, frisou, durante a visita do presidente da Câmara Federal a Fundação Doutor Jesus, em Candeeias, na manhã desta sexta-feira (19).

Wagner declarou, no entanto, que em sua opinião trata-se de nepotismo. “É um filho de quem comanda, quem indica sendo indicado para o cargo”.

Sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal de suspender provisoriamente apurações abertas com dados compartilhados pelo Coaf sem autorização judicial, o senador também preferiu não polemizar. “Uma decisão de um presidente, de um ministro, não gosto de discutir. Vamos esperar o Pleno como vai se manifestar, enquanto isso eu prefiro não emitir opinião”, minimizou. O filho do presidente, Flávio Bolsonaro, é um dos beneficiários da medida.

Mari Leal e Fernanda Chagas
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