Foto: Dida Sampaio/Estadão
O presidente Jair Bolsonaro 19 de julho de 2019 | 22:00

Bolsonaro diz que deixará de ir a evento para assistir a jogo do Palmeiras

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que abriu mão de um convite feito pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, para participar de um evento no sábado sobre os 50 anos da primeira viagem do homem à Lua porque no mesmo horário o Palmeiras vai enfrentar o Ceará pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Torcedor declarado do clube paulista, o presidente pretende assistir ao jogo e pediu que o vice Hamilton Mourão o representasse no evento. “Amanhã (sábado) tem um evento sobre os 50 anos que o homem pisou na Lua. O Osmar me convidou para esse evento, que começa às 5h da tarde e vai até as 20h. Eu falei: ‘Osmar tem Ceará e Palmeiras exatamente neste horário. É complicado, escala o Mourão'”, disse Bolsonaro durante celebração do Dia Nacional do Futebol, em Brasília, arrancando risos da plateia. Líder do Campeonato Brasileiro, com 26 pontos, o Palmeiras jogará contra o Ceará no sábado, às 19h. A partida será na Arena Castelão, em Fortaleza. Não está prevista a ida de Bolsonaro ao estádio. O presidente deve acompanhar o jogo pela televisão, no Palácio da Alvorada. O técnico Luiz Felipe Scolari deve levar a campo um time cheio de reservas contra o Ceará porque na terça-feira o Palmeiras enfrenta o Godoy Cruz, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Ao som de Pra frente Brasil, música que embalou a seleção campeã mundial de 1970, foram homenageados na cerimônia desta sexta-feira grandes nomes do futebol como Pepe (campeão mundial em 1958 e 62), Mauro Silva (1994) e Lúcio (2002). O zagueiro do penta, inclusive, bateu continência para Bolsonaro na hora de receber uma placa do presidente. Entre as mulheres, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 2007) e Tamires (campeã da Copa América de 2018) foram as homenageadas. Em seu discurso, em tom descontraído, Bolsonaro brincou com Pepe “Não tenho boas recordações dele. Quantas vezes ele bateu o meu Palmeiras de Dudu e Ademir da Guia. Éramos vizinhos, ele da Baixada Santista e eu ali do nosso querido Vale do Ribeira. Sou do tempo de ouvir o futebol na voz vibrante de Fiori Gigliotti no meu radinho de pilha e capa de couro”, disse. A CBF também foi homenageada. Secretário-geral da entidade, Walter Feldman recebeu de Bolsonaro uma placa e um diploma. “É a primeira vez, nesta dimensão, que o governo, como um todo, através do próprio presidente e seus ministros e secretários ligados ao esporte, fez uma homenagem aos ídolos do passado das nossas seleções vencedoras, mas também homenageia instituições que comandam o futebol brasileiro, particularmente a CBF. Um tratamento exemplar, respeitoso e reconhecedor de tudo aquilo que foi feito. Isso mostra que a boa relação institucional pode fazer tudo para que o futebol brasileiro seja cada vez maior”, declarou Feldman.

Estadão Conteúdo
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