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Presidente Jair Bolsonaro 19 de julho de 2019 | 15:14

Bolsonaro critica diretor do Inpe por dados sobre desmatamento que ‘prejudicam’ nome do Brasil

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (19) que vai conversar com o diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, por causa de dados sobre desmatamento que o capitão reformado diz que não condizem com a verdade e que prejudicam o nome do Brasil no exterior. Dados preliminares de satélites do Inpe obtidos pela agência Reuters mostram que mais de mil quilômetros quadrados de floresta amazônica foram derrubados na primeira quinzena deste mês, aumento de 68% em relação a julho de 2018. “É lógico que eu vou conversar com o presidente do Inpe. [São] Matérias repetidas que apenas ajudam a fazer com que o nome do Brasil seja malvisto lá fora”, afirmou, ao final de um evento no Ministério da Cidadania em homenagem ao Dia Nacional do Futebol. “Vou conversar com qualquer um que esteja a par daquele comando, onde haja a coisa publicada, que não confere com a realidade, vai ser chamado para se explicar. Isso é rotina, toda semana, todo dia, acontece isso aí.” Em café da manhã com jornalistas estrangeiros nesta sexta, Bolsonaro questionou os dados que mostram aumento do desmatamento. “Com toda a devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria se extinguido”, disse. O presidente afirmou que os dados do Inpe não correspondiam à verdade e sugeriu que Galvão poderia estar a “serviço de alguma ONG.” Na semana passada, em café da manhã com a bancada evangélica, no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que tem discutido com governadores do país a revisão de unidades de preservação ambiental. Ele citou como exemplo a estação ecológica de Tamoios, na região de Angra dos Reis. Bolsonaro foi multado, em 2012, por pesca nesta área protegida. A multa prescreveu e nunca foi paga pelo presidente. O plano do Palácio do Planalto é transformá-la em um balneário turístico, como Cancún, no México. “No Rio de Janeiro, a gente quer, com dinheiro de fora, transformar a baia de Angra dos Reis em uma Cancún. Mas o decreto que demarcou a estação ecológica só pode ser derrubado por uma lei”, disse.

Folhapress
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