12 de junho de 2019 | 16:37

Rui aguarda relatório final para anunciar apoio à permanência de Estados e municípios na reforma da previdência

bahia

O governador Rui Costa (PT) voltou a dizer, nesta quarta-feira (12), que ainda não tem uma posição definitiva se apoia ou não a permanência de Estados e municípios no texto da reforma da previdência em tramitação no Congresso Nacional. Segundo ele, tudo vai depender se o relator da proposta na Câmara, deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), vai aceitar as condicionantes apresentadas pelos governadores e representantes de 25 Estados e do Distrito Federal. “Os governadores defenderam que fizesse uma aferição, uma votação para saber qual é a posição da maioria do governadores e eu me posicionei contra porque a decisão de cada governador, de cada Estado vai depender do relatório do deputado federal de São Paulo que vai apresentar. Com base nesse relatório é que vamos fazer conta para o Estado. É bom para o povo da Bahia? É bom para sanear as contas públicas do Estado? Vai prejudicar as pessoas mais pobres? Então, temos que aguardar o relatório final para saber a posição definitiva do estado da Bahia”, explicou o governador durante seu programa #PapoCorreria. São quatro pontos que ainda geram discussão e Rui Costa, assim como os demais governadores, querem excluir: mudanças nas regras atuais de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural, inclusão do sistema de capitalização e a possibilidade de alterar regras da aposentadoria por projeto de Lei – sem a necessidade de mudar a Constituição. Os dois primeiros pontos já foram acatados, agora o governador baiano aguarda resposta do relator sobre as outras duas alterações. O relatório final será apresentado por Moreira nesta quinta-feira (13). “Deixamos muito claro que a Bahia não concorda com a capitalização porque é muito ruim para as pessoas mais pobres. No mundo inteiro, não tem nenhum país desenvolvido que mereça a relevância, do ponto de vista econômico-social, que adotou esse modelo. Se ninguém adotou é porque não presta e, portanto, o Brasil não deve adotar. Somos contra mexer no benefício rural, ou seja, das pessoas mais pobres e também somos contra mexer nos benefícios de pessoas com deficiência, além das propostas que estão lá que tiram das pessoas que ganham menos para dar às pessoas que ganham mais. Vamos aguardar o relatório para a gente ter uma posição definitiva”, pontuou o governador.

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