30 de junho de 2019 | 16:53

Líderes da UE se reúnem para discutir nomeações para cargos de chefia do bloco

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Líderes da União Europeia iniciaram nova rodada de negociações neste domingo, na expectativa de que possam avançar na disputa diplomática sobre quem deve preencher cargos de liderança no bloco de 28 países. Líderes dos países membros falharam duas vezes até agora em fazer as principais nomeações, que incluem a substituição de Jean-Claude Juncker como presidente da Comissão Europeia e de Donald Tusk como presidente do Conselho Europeu. Durante a reunião do G-20, alguns líderes discutiram a lista de vagas futuras, que até novembro incluirão também o principal diplomata da UE, o presidente do Parlamento Europeu e o chefe do Banco Central Europeu. “Houve um grupo de países europeus em Osaka que discutiu a questão, mas não há compromissos concretos “, disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, neste domingo ao chegar em Bruxelas para as negociações. Questionado sobre possíveis candidatos para a vaga da comissão, Rutte disse: “Essa é uma imagem em movimento”. “Você acha que um candidato ou outro, possivelmente, tem a melhor chance, e isso continua mudando”, acrescentou. O presidente francês Emmanuel Macron pediu um “espírito de compromisso e acima de toda a ambição”, tendo em vista que os líderes procuram nomear o que ele descreveu como “o novo time Europa”. “Deve haver dois candidatos homens e duas mulheres” para quatro dos cinco postos em disputa nas próximas semanas, disse Mácron. Assim como Rutte, o presidente francês recusou-se a dizer quem estava apoiando. As discussões sobre quem deve assumir o leme da UE pelos próximos cinco anos podem durar horas, advertiu o presidente do Conselho Europeu, que vai presidir a reunião e disse que iria manter os líderes noite adentro e até o início da segunda-feira, se necessário. Tusk reuniu-se com líderes do partido e do governo neste domingo, antes da cúpula. Ele quer que as nomeações sejam concluídas em breve, na tentativa de evitar desgaste da confiança pública na UE, em meio à incerteza do Brexit e às divisões intrabloco sobre o gerenciamento de migração. A tarefa não será fácil. As nomeações devem levar em consideração a afiliação política, a geografia – balanceamento leste e oeste, norte e sul – o tamanho da população e gênero. Os líderes das instituições da UE devem representar de maneira imparcial os interesses de todas as nações membros no cenário global e em Bruxelas.

Fonte: Associated Press

Estadão Conteúdo
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