Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil
Carlos Alberto dos Santos Cruz deixará o comando da Secretaria de Governo da Presidência da República 13 de junho de 2019 | 17:35

Bolsonaro demite Santos Cruz e general Ramos assume Secretaria de Governo

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O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, deixará a equipe do presidente Jair Bolsonaro. Segundo apurou o Estado, o presidente comunicou a demissão ao general em almoço nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, antes de Bolsonaro viajar a Belém, no Pará, onde cumpre agenda. O general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, atual chefe do Comando Militar do Sudeste, irá substituí-lo no cargo. Estavam presentes no encontro em que Santos Cruz foi comunicado da demissão o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. A saída foi atribuída ao “desalinhamento” com o presidente em questões como comunicação e a centralização de poder na sua pasta. O ministro foi alvo recentemente de críticas do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, sobre os rumos da comunicação no Palácio do Planalto. Também se envolveu em polêmicas com o escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru do bolsonarismo. Ele vinha acumulando desgaste desde que reagiu às críticas de Olavo, mas não foi endossado pelo presidente. O ministro vinha acumulando desgaste desde que reagiu às críticas de Olavo, a quem atribuiu uma “personalidade histérica”. Bolsonaro, porém, em nenhum momento saiu em defesa do seu ministro e chegou a condecorar Olavo com a Ordem Nacional de Rio Branco em meio à polêmica. A atitude incomodou a ala militar do governo. Nesta quinta-feira, antes de ser informado da saída, Santos Cruz esteve no Senado, em audiência na Comissão de Transparência, onde defendeu a permanência do colega de Esplanada, Sérgio Moro, no Ministério da Justiça. “O juiz Sergio Moro é uma pessoa que está muito acima desse absurdo aí criminoso de invasão de privacidade de telefone. O ministro Sergio Moro presta um serviço ao Brasil incalculável na nossa história. Eu acho que não tem nada a considerar sobre risco para pessoa desse nível”, disse Santos Cruz, em referência ao vazamento de supostas conversas do ex-juiz em que dá conselhos sobre investigações da Lava Jato.

Estadão Conteúdo
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