Foto: Dida Sampaio / Estadão
Carlos Bolsonaro 17 de junho de 2019 | 10:41

Carlos Bolsonaro sugere à PF que na caça ao hacker não dê o ‘mesmo ritmo’ da investigação sobre facada em seu pai

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O vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC/RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse esperar que a Polícia Federal não dê à investigação dos ataques de hackers aos celulares de membros das forças-tarefa da Lava Jato e do ministro Sérgio Moro o ‘mesmo ritmo e linha’ que deu à tentativa de assassinato de seu pai. O comentário foi feito no perfil do Twitter do parlamentar na última quarta, 12. Carlos já havia abordado o caso no dia 9, após divulgação de uma nota em que a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná indicou que seus membros haviam sido ‘vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes’. Horas após a publicação do texto do MPF, o vereador compartilhou um comentário do senador Alessandro Viera (Cidadania), que dizia que o objetivo do ataque era ‘claro’, de ‘tumultuar processos e investigações, barrando o combate à corrupção no Brasil’, sendo as ‘táticas hackers’ mais uma etapa dessa guerra. A nota da procuradoria indicava que um hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores, ‘tendo havido ainda a subtração de identidade’ de alguns integrantes da força-tarefa em Curitiba. O texto dizia ainda que ‘foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho’. O texto reagia às reportagens do site The Intercept Brasil, que divulgou na tarde do mesmo dia o suposto conteúdo de mensagens trocadas pelo então juiz federal Sergio Moro e por integrantes do Ministério Público Federal, como o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.

Estadão
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