29 de maio de 2019 | 13:30

‘Se tivéssemos clareza de que Trump não cometeu crime, teríamos dito’, afirma procurador

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O procurador especial Robert Mueller anunciou nesta quarta-feira (29) sua aposentadoria do Departamento de Justiça dos EUA em meio a fortes declarações sobre a possível obstrução de Justiça do presidente Donald Trump durante investigações da influência russa nas eleições americanas. Mueller, que liderou as apurações finalizadas neste ano, disse não ter clareza de que Trump não cometeu crimes, mas afirmou não poder processar o presidente pois a lei no país não permite que isso seja feito com o líder no exercício do cargo. Ele sugeriu, porém, que a Constituição prevê outro procedimento neste caso -uma referência à eventual abertura de um processo de impeachment pelo Congresso. O procurador disse ainda que não dará mais informações sobre as apurações aos parlamentares, pois nada que fale irá além de seu relatório de mais de 400 páginas, o qual chamou de “meu testemunho”. “Se nós tivéssemos confiança de que o presidente claramente não cometeu um crime, nós teríamos dito isso”, afirmou Mueller diante de jornalistas nesta quarta. Esse foi o primeiro pronunciamento público do procurador especial desde que começaram as investigações, há mais de dois anos, e abre um novo capítulo sobre qual será o papel do Congresso diante da crise política que se instalou sobre a Casa Branca. Integrantes do Partido Democrata, de oposição a Trump, discutem a possível abertura do processo de impeachment, mas a presidente da Câmara, Nancy Peloci, e outros líderes importantes do partido resistem em apoiar a ideia, pelo menos por enquanto.

Folhapress
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