23 de maio de 2019 | 13:15

Petrobras questiona distribuidoras sobre preço do gás de botijão

economia

A Petrobras questionou nesta quinta-feira (23) dados do Sindigás (sindicato que representa as distribuidoras de gás de botijão) sobre preços do gás de cozinha vendido no país, negando que venda o produto para uso residencial a valores acima das cotações internacionais. A polêmica evidencia divergências sobre a melhor referência de preços do GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha) para o mercado brasileiro. Enquanto a Petrobras precifica o produto pelo mercado europeu, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) e distribuidoras usam o americano. Na quarta (22), o Sindigás havia afirmado que a empresa vem vendendo o gás destinado a botijões de 13 quilos a valores superiores aos internacionais desde novembro, quando realizou reajuste de 8,5% no preço do produto. Em nota enviada à reportagem nesta quinta, a Petrobras afirma que “o preço atualmente praticado na venda de GLP [gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha] para uso residencial não está acima de seu preço de paridade de importação”. Segundo a empresa, sua política de preços considera a média das cotações no mercado europeu, acrescida de margem de 5%. Além disso, diz a nota, o conceito de paridade de importação inclui o frete e custos de internação do produto. “O frete marítimo, no caso do GLP, corresponde a uma parcela relevante do PPI [preço de paridade de importação]”, afirma o texto enviado à reportagem. O Sindigás diz que usa dados da ANP. De fato, na segunda semana de maio, a agência considerava a paridade de importação em R$ 20,75 em Suape, principal porto de entrada do combustível. Entre fevereiro e o início de maio, a Petrobras vendeu o gás para botijões de 13 quilos a R$ 25,33 por quilo. A partir do dia 5 de maio, o preço foi reajustado para R$ 26,20.

Folhapress
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