24 de maio de 2019 | 06:56

‘Não construiremos o caminho para a paz pela força das armas’, diz presidente da CNBB

brasil

Eleito no dia 6 de maio novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante a 57.ª Assembleia-Geral do Episcopado, em Aparecida (SP), o arcebispo de Belo Horizonte, d. Walmor Oliveira de Azevedo, afirmou ao Estado que o “caminho da paz” não será construído “pela força das armas”, mas pelo diálogo e pela educação. “Tememos o que pode acontecer numa sociedade cheia de polarizações”, disse, sobre o decreto presidencial que flexibilizou a posse e o porte de armas. No início deste mês, dias após ser eleito, d. Walmor, ao anunciar as metas para a próxima gestão da CNBB, já havia dito que esperança, diálogo e disposição para enfrentar e vencer as dificuldades são alguns dos principais itens do programa do episcopado para os próximos quatro anos. Questionado sobre o governo Jair Bolsonaro, o presidente da CNBB defendeu a importância de uma atuação da Igreja “sem ser partidária”. “Diálogo para ouvir e ser ouvido, para poder dizer o que a Igreja tem a dizer para além de qualquer tipo de ideologia ou partidarização”, declarou d. Walmor, baiano da cidade de Cocos. Doutor em teologia dogmática, ele foi transferido para Belo Horizonte em 2004. “O ponto de partida da relação com o governo federal é o diálogo, com todas as instâncias, assim como a sociedade. Diálogo para ouvir e ser ouvido, para poder dizer o que a Igreja tem a dizer para além de qualquer tipo de ideologia ou partidarização. O que a Igreja tem a dizer pela força da reserva que ela tem a partir da sua própria fé. Que é uma iluminação que considero da mais alta importância para encontrar novas respostas.”

Estadão
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