Foto: Marcos Correa / Divulgação
Jair Bolsonaro 22 de maio de 2019 | 07:18

Após encontro com Tofolli, Bolsonaro diz acreditar em patriotismo de Poderes

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Em meio a uma crise, os presidentes da República, Jair Bolsonaro (PSL), e do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, e se reuniram no Palácio da Alvorada na noite desta terça-feira (21). Após o encontro, Bolsonaro escreveu nas redes sociais “acreditar na harmonia, na sensibilidade e no patriotismo dos integrantes dos três Poderes”.
O encontro não constava na agenda de ambos previamente e foi incluído apenas no fim. “Sou grato ao Presidente do Supremo quando aceitou, a meu convite, se dirigir ao Alvorada onde discutimos questões da conjuntura atual. A harmonia reina entre nós na busca de soluções dos problemas nacionais, entre eles a Nova Previdência”, diz nota assinada por Bolsonaro e divulgada pelo Palácio do Planalto na noite desta terça. A conversa entre ambos ocorre às vésperas de protestos marcados para o próximo domingo (26), que têm como objetivo a defesa de Bolsonaro. Organizadores adotam tom crítico à “velha política” e aos Poderes Legislativo e Judiciário. “Acredito na harmonia, na sensibilidade e no patriotismo dos integrantes dos três Poderes da República para o momento que atravessa nossa Nação. Juntos, ao lado da população brasileira e de Deus, alcançaremos nossos objetivos!”, escreveu o presidente nas redes sociais após encontro com Toffoli. Na última semana, um texto compartilhado por Bolsonaro esquentou o clima entre os Poderes. Na mensagem, ele dizia que o Brasil é “ingovernável” fora dos conchavos políticos. Na segunda (20), ele adotou tom apaziguador ao dizer que seu governo valoriza o Parlamento e que pretende conversar mais com deputados e senadores. Embora tenha estudado participar dos protestos de domingo, o presidente foi aconselhado a manter distanciamento e recomendou aos ministros que também não saiam às ruas. Sobre os protestos de domingo, Bolsonaro disse ver “como uma manifestação espontânea da população, que de forma inédita vem sendo a voz principal para as decisões políticas que o Brasil deve tomar.” A declaração diverge do tom agressivo ao qual o presidente se referiu aos manifestantes do último dia 15, que saíram às ruas em mais de 170 cidades brasileiras contra corte de verbas na Educação. Em Dallas, nos EUA, Bolsonaro classificou os manifestantes como “massa de manobra” além de chamá-los de “idiotas úteis”.

Folha de S. Paulo
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