Foto: Ernesto Benavides/AFP
O ex-presidente peruano Alan García cometeu suicídio com um tiro na cabeça nesta quarta-feira, 17 17 de abril de 2019 | 22:00

Família de Alan García rejeita funeral com honras de chefe de Estado

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A família do ex-presidente peruano Alan García rejeitou a realização de um funeral com honras de chefe Estado como lhe correspondia como ex-governante do país. O ex-presidente cometeu suicídio com um tiro na cabeça nesta quarta-feira, 17, quando policiais chegaram em sua residência, na capital do país, para prendê-lo por conexões com uma investigação sobre suborno no caso relacionado à construtora brasileira Odebrecht. O secretário pessoal de García, Ricardo Pinedo, anunciou a meios de comunicação locais que o funeral acontecerá na Sexta-feira Santa, ao meio-dia. Antes, seus restos mortais serão velados durante um dia e meio na sede do Partido Aprista Peruano, que era liderado pelo o ex-presidente. “Será velado e enterrado somente com as honras apristas, que às vezes são muitos maiores que as honras do presidente (Martín) Vizcarra”, disse Pinedo sobre o atual governante do Peru, a quem García acusou de estar por trás da investigação sobre ele, a mesma que rotulou de “perseguição”. O secretário de García indicou que a sede do Partido Aprista estará aberta a “toda pessoa que queira render honras” ao ex-presidente, que morreu aos 69 anos. Além disso, afirmou que a autópsia de García será realizada no Hospital Casimiro Ulloa, onde o ex-governante foi internado após ter disparado contra a própria cabeça. O corpo não passará, porém, pelo necrotério central de Lima, onde habitualmente acontecem as necropsias para constatar as causas da morte nestas circunstâncias. García era investigado pelo Ministério Público para averiguar se tinha recebido subornos da Odebrecht relacionados com a licitação da Linha 1 do metrô de Lima.

Estadão Conteúdo
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