19 de abril de 2019 | 12:10

Caminhoneiros buscam opções à greve, apesar de ameaças de radicais

brasil

Muitos caminhoneiros ainda tentam digerir a alta de R$ 0,10 no preço do diesel, anunciada na quarta-feira pela Petrobrás. Endividados e em situação financeira precária, eles tentam encontrar uma alternativa para não decretarem greve nas próximas semanas, o que poderia piorar ainda mais o quadro econômico. Mas a ala mais radical da categoria já marcou paralisação para 29 de abril, o que tem provocado mal-estar nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros. Nem todas as lideranças concordam com uma paralisação neste momento. O representante dos caminhoneiros Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, é o mais ativo na organização da greve no fim do mês. Ele afirma que já está montando a logística da paralisação, mas não quis dar detalhes de como será. “Isso não foi uma decisão só minha, foi decidido em grupo por várias lideranças de caminhoneiros”, ressaltou. Ele acredita que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o movimento deve atingir o Brasil inteiro, crescendo à medida que os dias passam. A mudança da data, inicialmente prevista para dia 21 de maio, ocorreu por causa do novo aumento do diesel. “Não tem mais condição. Os caminhoneiros estão cientes de que, dentro de 14, 15 ou 16 dias vai ter outra alta do óleo, e esse aumento de R$ 0,10 já afetou em R$ 1 mil o lucro mensal, e o frete continua o mesmo.”

Estadão
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