04 de março de 2019 | 12:38

Previdência privada perdeu mais de 200 mil participantes em 2018

economia

A despeito do amplo debate durante o período eleitoral sobre a reforma do sistema público de aposentadorias, o setor de previdência privada aberta amargou a perda de 224 mil participantes no ano passado. Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) mostram que o ano passado terminou com 13,1 milhões de contribuintes em fundos privados. Além da saída de pessoas do sistema, a captação entre os clientes ativos também caiu mais de 30% em relação da 2017. A Federação explica a contração do setor por dois fatores principais: a queda do juro básico no País, que diminuiu a atratividade do segmento, e a instabilidade gerada pelas eleições. Essa retração foi observada no comportamento das pessoas físicas e nos planos empresariais. O setor privado também viu a captação líquida (diferença de depósitos e resgates) diminuir pelo segundo ano consecutivo como consequência do contexto econômico. Foram R$ 39,5 bilhões, cifra 30,64% inferior a de 2017. É ainda o menor patamar desde 2013, quando o setor também sentiu o impacto da volatilidade no mercado financeiro. Apesar da menor captação e da queda no número de participantes, o novo presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, diz que o setor se mostrou “resiliente” em 2018. “No ano passado, o desemprego não teve a melhora que se apontava. Foi um ano eleitoral com uma série de incertezas e a economia ainda com uma recuperação muito lenta. O sistema como um todo se mostrou resiliente frente a este cenário, com reservas crescentes”, afirma o executivo, que assumiu a presidência da FenaPrevi no mês passado para o triênio entre 2019 e 2021. Executivo de carreira do Bradesco, ele também é presidente da Bradesco Vida e Previdência.

Estadão Conteúdo
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