Foto: JF Diorio / Estadão
Paulo Vieira de Souza 21 de março de 2019 | 06:41

Operador do PSDB pede liberdade ao novo juiz da Lava Jato

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O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza pediu a revogação de sua prisão preventiva ao juiz Luiz Antonio Bonat, novo magistrado da Operação Lava Jato. Vieira de Souza está preso desde 19 de fevereiro sob suspeita de ser operador do PSDB e de participar da lavagem de dinheiro do esquema de propinas da Odebrecht e nega qualquer irregularidade. O pedido de liberdade foi enviado ao magistrado em 15 de março. Luiz Antonio Bonat solicitou manifestação do Ministério Público Federal. A defesa de Vieira de Souza afirmou que os fundamentos da prisão são os mesmos analisados em setembro pela Segunda Turma do Supremo. Na ocasião, os ministros colocaram o ex-diretor da Dersa em custódia domiciliar com tornozeleira. Os advogados destacaram ‘ausência de contemporaneidade’ no novo decreto de prisão contra o ex-dirigente da estatal paulista e afirmaram que os fatos já eram conhecidos pelo Ministério Público Federal desde agosto de 2017. A defesa alega que não há ‘qualquer fundamentação concreta sobre risco de fuga ou de ocultação de bens’. Além desta prisão, Paulo Vieira de Souza tem uma ordem de custódia da Lava Jato São Paulo contra si. O ex-diretor da Dersa já foi condenado em duas ações penais perante a Justiça Federal paulista. Em um processo, ele pegou 27 anos de prisão (sete anos e oito dias em regime fechado e 20 anos de detenção em regime semiaberto e aberto) por cartel e fraude à licitação. Em outra ação, Vieira de Souza foi sentenciado a 145 anos e oito meses de prisão por peculato, inserção de dados falsos e associação criminosa. Em 1º de março, Vieira de Souza virou réu pela terceira vez na Lava Jato São Paulo. O juiz Diego Paes Moreira, da 6.ª Vara Federal, aceitou uma denúncia da força-tarefa da Lava Jato São Paulo contra o ex-diretor da Dersa por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Estadão
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