Foto: Divulgação/Arquivo
Petistas, principalmente, temem que Leão se transforme 08 de fevereiro de 2019 | 08:41

Espaço crescente de João Leão no governo leva aliados a advertirem governador

exclusivas

Indignados com a pressão que o grupo do vice-governador João Leão (PP) faz sobre o governo para assumir novas posições na administração estadual, agora no segundo escalão, aliados passaram a advertir o governador Rui Costa (PT) para o risco de o novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico assumir o papel que o ex-ministro Geddel Vieira Lima desempenhou no governo Jaques Wagner (PT).

Na época, apesar de fortalecido por Wagner na gestão, Geddel não respeitava limites, exigindo cada vez mais espaço no governo, o que resultou no rompimento entre eles. Além de ser vice, Leão assumiu a secretaria de Desenvolvimento Econômico, desalojando a petista Luíza Maia, indicada por Wagner, e manteve a pasta de Recursos Hídricos, bem como fatias de órgãos estaduais. O grupo, no entanto, estaria fazendo pressão forte por mais espaço no segundo escalão.

Leão foi para o Desenvolvimento Econômico, alegando que precisava de uma posição administrativa para tocar a ponte Salvador-Itaparica, projeto lançado no início do primeiro governo Jaques Wagner, sob descrédito principalmente quanto à sua viabilidade financeira. A proposta foi, no entanto, abraçada pelo vice como a verdadeira meta de sua vida na administração estadual. Ele vive dizendo que os chineses compraram a idéia de executar o projeto.

Os petistas são hoje os mais incomodados com o poder crescente de Leão no governo Rui. Antes da definição de boa parte do secretariado – falta o governador anunciar ainda quatro nomes -, o vice chegou a se atritar com o senador Otto Alencar (PSD) supostamente por ter tentado avançar sobre espaços do aliado no governo. Otto chegou a dar declarações defendendo a manutenção da pasta de Infraestrutura com seu partido, no que foi bem sucedido.

Comentários