17 de janeiro de 2019 | 09:41

JBS: Histórico de negócios desmonta versão de insider trading

economia

SÃO PAULO, 17 de janeiro de 2019 /PRNewswire/ – As operações da JBS no mercado antes do vazamento da delação de seus diretores foram menores ou semelhantes a outras ocorridas antes e depois da divulgação do escândalo. Essa é a conclusão do histórico de operações apresentado por Wesley Batista, ex-CEO da JBS, ao Supremo Tribunal Federal. A documentação mostra que entre 20 de abril e 17 de maio, quando a delação veio a público, a JBS vendeu 36 milhões de ações ainda valorizadas. Porém, entre 17 de maio e o fim de agosto, vendeu outras 30 milhões já em baixa, aniquilando ganhos em cotação. Se fosse para lucrar com a divulgação, bastaria a J&F recomprar as ações pelo preço então mais baixo, o que não ocorreu, enfatiza a defesa. O ex-executivo garantiu que ninguém de sua família fez qualquer operação financeira nessa época. A documentação mostra que a recompra das ações do grupo pela JBS acontecia desde 2008, um ano depois de abrir capital. E prosseguiu depois do afastamento dos irmãos Batista da gestão. Segundo Wesley, o dinheiro da venda de ações foi usado para quitar obrigações da empresa ? o endividamento é de US$ 10 bilhões ?, e não para recomprar ações.

Estadão Conteúdo
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