Foto: EFE/EPA/Wallace Woon
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, durante encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) em Cingapura 28 de dezembro de 2018 | 17:38

Secretário dos EUA quer discutir ‘comércio predatório’ chinês em visita ao Brasil

economia

O Secretário de Estado americano Mike Pompeo, encarregado de liderar a delegação americana que comparecerá à posse de Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro, terá um encontro com o presidente eleito e com o futuro ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em Brasília. Na reunião, Pompeo pretende discutir o “comércio predatório” da China em países da região e definir prioridades na agenda de cooperação entre EUA e Brasil para 2019. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro fez críticas às práticas comerciais dos chineses, ao dizer que eles estariam “comprando o Brasil”. Desde a eleição, o futuro governo Bolsonaro tem feito gestos de aproximação dos Estados Unidos, país que encampou uma guerra comercial com a China ao longo de 2018. Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Os EUA vêm em segundo lugar, mas a intenção é estreitar os laços com o novo governo brasileiro. “A relação do Brasil com a China é uma decisão de soberania do Brasil, mas notamos alguns comentários do presidente eleito sobre a preocupação dele a respeito do papel da China no Brasil e essa é uma conversa que temos no hemisfério ocidental – que tivemos no Panamá, que tivemos com o Canadá, com o México. Essa é uma questão em andamento”, afirmou fonte do Departamento de Estado nesta sexta-feira, segundo quem Pompeo “tem sido claro no sentido de que os EUA estão mais do que felizes de competir no mesmo nível que as empresas chinesas, só queremos ter certeza de que há de fato um mesmo nível e que os chineses façam coisas que terminem sendo do interesse do país no qual eles estão investindo”.

Estadão
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