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Nelson Leal saiu na frente na disputa pela sucessão a presidente da Assembleia Legislativa 19 de novembro de 2018 | 15:41

Sucessão na AL: Rui tenta dar freio de arrumação e condena aproximação com oposição

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O governador Rui Costa (PT) cobrou hoje dos presidentes de partidos da base aliada, com os quais se encontrou pela manhã na reunião de seu Conselho Político, que ajudem a desacelerar a campanha à sucessão do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Angelo Coronel (PSD), e a levar serenidade aos parlamentares alinhados ao governo, que escolherão o sucessor na Casa.

Ele também condenou qualquer aliança dos candidatos com a oposição, chegando a advertir que não gostaria de que nenhum dos interessados na presidência repetisse o estratagema utilizado tanto pelo ex-presidente da Casa, Marcelo Nilo (PSB), quanto por Coronel, que primeiro fecharam o apoio dos parlamentares oposicionistas para depois cabalar votos entre os governistas.

Em seguida, Costa insinuou que, com um time de 45 representantes de um total de 63 deputados, a disputa pode ser plenamente decidida apenas pela base. Com relação ao pedido de “desaceleração”, as declarações de Rui foram interpretadas como uma advertência ao PP, que saiu na frente e tem buscado fortalecer a candidatura à presidência do deputado Nelson Leal.

Com uma equipe grande de colaboradores, principalmente em seu partido, Leal já conquistou o apoio de três siglas – o PCdoB, o PRP e o PHS. Além dele, são candidatos Adolfo Menezes, do PSD, Alex Lima, do PSB, e Rosemberg Pinto, do PT. Há temor na articulação política de Rui com a hipótese de a disputa se acirrar entre o PP e o PSD, partidos fundamentais da base, que ajudaram a garantir uma reeleição tranquila ao governador.

As duas legendas são ainda consideradas importantíssimas para a governabilidade. A tentativa de Rui de dar um freio de arrumação na bancada governista na Assembleia mostra sua preocupação com a possibilidade de o aprofundamento da disputa produzir rachas e resvalar no relacionamento das duas agremiações e do Parlamento com o governo.

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