Foto: Marcio Fernandes / Estadão
Sítio de Atibaia 16 de novembro de 2018 | 06:51

Hardt dá até segunda para pedidos das defesas na ação do sítio de Atibaia

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A juíza federal Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro nos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, concedeu às defesas prazo até segunda-feira, 19, para os últimos pedidos na ação do caso do sítio de Atibaia. Na quarta-feira, 14, a magistrada interrogou o ex-presidente Lula e o pecuarista José Carlos Bumlai, os últimos investigados a serem ouvidos neste processo. “Conforme solicitados pelas defesas, eventuais requerimentos de diligências complementares da fase do artigo 402 do Código de Processo Penal poderão ser apresentados até o dia 19 de novembro de 2018”, decidiu a juíza. “Após, venham os autos conclusos para análise dos pedidos.” O próximo passo na ação penal serão as alegações finais. Esta será a parte derradeira do processo, na qual o Ministério Público Federal – que acusa – e as defesas apresentarão suas argumentações e pedidos a serem considerados pela Justiça. Lula falou por cerca de 3 horas em seu interrogatório. Após o depoimento, na Justiça Federal de Curitiba, ele retornou à carceragem da Polícia Federal, escoltado por um forte aparato de agentes armados. O ex-presidente ocupa uma sala especial na sede da PF de Curitiba. Esta é a terceira vez que Lula foi ouvido como réu da Lava Jato. A primeira foi em 10 maio de 2017, a segunda, em 13 de setembro. Em ambas as audiências foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro. No processo do sítio de Atibaia, Lula é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A força-tarefa da Operação Lava Jato sustenta que o petista foi beneficiário de R$ 1,02 milhão, supostamente repassados pelo pecuarista José Carlos Bumlai e pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, na forma de melhorias da propriedade rural localizada no interior de São Paulo que seria de uso do ex-presidente. Ele foi interrogado por Gabriela Hardt, que assumiu as ações penais da Lava Jato em Curitiba. Moro deixou a operação e se desligou dos processos para assumir o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro.

Estadão
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